Parlamentar promoveu audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais para debater o assunto e propõe inclusão da saúde digital em currículos universitários
Em audiência pública na Comissão de Assuntos Sociais do Senado Federal, o senador Nelsinho Trad (PSD) colocou nesta manhã em debate o atendimento médico a distância com uso de tecnologia, que tem provocado polêmica no país. A resolução de funcionamento da telemedicina foi publicada pelo Conselho Federal de Medicina em maio deste ano, mas após a resistência da categoria e de pacientes acabou sendo revogada. “A evolução tecnológica é algo que não tem mais volta, precisamos nos adequar a ela com ética e profissionalismo”, destacou o senador Nelsinho Trad. Para o senador Nelsinho Trad, é necessária a regulamentação da saúde digital no Brasil e que seja incluída no currículo dos acadêmicos dos cursos da área de saúde. “Nós vamos incrementar essas discussões no Senado Federal e incluir o Ministério da Educação, porque entendemos que essa questão da saúde digital precisa constar nos cursos dos profissionais da área médica”, disse o senador Nelsinho Trad. O representante da Associação Médica Brasileira, Luiz Roberto Oliveira, informou que a telemedicina já é realidade em outros países e, no Brasil, em Minas Gerais, vem sendo utilizada para atendimentos cardiovasculares (em eletrocardiogramas) e contribui para o avanço da medicina. “Estamos 35, 45 anos atrasados. Esse assunto no Brasil está sem pai e nem mãe. Fico extremamente feliz de saber que o senador Nelsinho Trad vai levar esse assunto para frente, meu objetivo aqui hoje foi cumprido por isso”, destacou o representante da associação. Segundo o representante da Associação Nacional de Hospitais Privados, Carlos Henrique Sartorato Pedrotti, a telemedicina é a alternativa para garantir acesso ao médico, solução para o Sistema Único de Saúde. “Não tem nada mais desumano do que simplesmente não ter acesso a um médico”, disse.Na resolução revogada do CFM, a primeira consulta seria presencial e as demais poderiam ser virtuais. “Podemos facilitar a vida do paciente num retorno médico, pacientes crônicos que têm que retornar todo mês ao médico, sabemos que o próprio transporte causa sofrimento, temos pela primeira vez na história da humanidade quatro gerações, e uma delas é inteiramente digital. A telemedicina é uma realidade”, explicou o coordenador da Câmara Técnica de Informática em Saúde do Conselho Federal de Medicina, Aldemir Humberto Soares.Também estiveram presentes na audiência representantes da Federação Brasileira de Hospitais, do Ministério da Saúde e da Confederação das Santas Casas. 2 anexos ResponderEncaminhar |