Senado instala Grupo Parlamentar Brasil-Líbano com liderança do senador Nelsinho Trad
O Senado Federal instalou, nesta quinta-feira (9), o Grupo Parlamentar Brasil-Líbano, que será presidido pelo senador Nelsinho Trad (PSD/MS). O grupo foi instituído após a aprovação do projeto de resolução PRS 65/2023, de autoria do próprio senador, em fevereiro de 2024, com parecer favorável do senador Esperidião Amin.
Com o objetivo de fomentar a cooperação interparlamentar e fortalecer os laços bilaterais, o Grupo Parlamentar Brasil-Líbano prevê visitas mútuas, eventos de debate e estudos conjuntos. Além dessas atividades, intercâmbio de publicações e experiências legislativas, a manutenção de relações culturais e técnicas com entidades nacionais e estrangeiras.
“Em um mundo que parece progressivamente mais conturbado e mais propenso a conflitos armados. É importante, portanto, que as nações que amam a paz e que trabalham por ela possam estreitar laços”, defendeu o senador Nelsinho Trad
Ligação histórica
As relações entre Brasil e Líbano são profundas, remontam à visita do imperador D. Pedro II ao Líbano em 1876. Desde a independência do Líbano em 1946, os dois países têm estreitado laços, com a abertura de missões diplomáticas em 1954.
O Brasil, abrigando a maior diáspora libanesa mundial, conta com cerca de 10 milhões de brasileiros de origem libanesa, enquanto aproximadamente 200 mil brasileiros residem atualmente no Líbano.
“Em minha cidade, Campo Grande, no estado do Mato Grosso do Sul, estima-se que entre 8 e 10% da população sejam de origem libanesa. São fortes as comunidades libanesas em meu estado”, comentou o senador Nelsinho Trad.
Durante a sessão de instalação do grupo, o neto de imigrantes libaneses expressou sua gratidão e orgulho em poder contribuir para o estreitamento dessas relações. “Minha satisfação não poderia ser maior por poder contribuir para construir essa ponte entre meus ancestrais libaneses e meus conterrâneos brasileiros.”
O senador relembrou ainda a missão humanitária que fez a Beirute em agosto de 2020, após a devastadora explosão no porto da cidade. “Fiz parte da comitiva de autoridades brasileiras que voou para Beirute levando a doação de seis toneladas de carga com medicamentos, insumos e equipamentos médico-hospitalares.”