Metade da Câmara e 1/3 do Senado serão renovados
O senador Nelsinho Trad (PSD/MS), junto do deputado uruguaio Daniel Peña, acompanha, neste domingo, as eleições legislativas na Argentina. As urnas foram abertas às 8h da manhã (mesmo horário de Brasília). O parlamentar integra a delegação do Observatório da Democracia do Parlasul (ODPM) e foi convidado pelas autoridades eleitorais argentinas para ir aos locais de votação a partir de um programa de visitantes internacionais.
Segundo o Ministério do Interior da Argentina, neste ano, os cadernos eleitorais registram 34.332.992 pessoas aptas a votar. Elas vão eleger candidatos para renovar 127 das 257 cadeiras na Câmara dos Deputados e 24 das 54 cadeiras dos senadores. A relação de forças entre governantes e opositores resultante das eleições será decisiva para o poder de ação do atual governo.
A Argentina não recebe missões de observação eleitoral, mas valoriza muito a cooperação internacional com órgãos eleitorais, autoridades, especialistas e organismos internacionais. Entre os locais de votação percorridos pelo senador sul-mato-grossense, estão a Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), a Organização dos Estados Americanos e a Escuela Primaria Cabildo.
“Essa experiência contribui com o fortalecimento da democracia. As impressões de hoje também serão compartilhadas com o observatório. Vamos elaborar um relatório que deverá ser entregue até a próxima terça-feira. O documento também será apresentado ao Plenário do Parlasul em seguida”, afirma o senador Nelsinho Trad.
Entenda mais sobre a votação
Oito províncias (unidade federativa semelhante aos estados brasileiros) elegem 24 senadores nessas eleições para um mandato de seis anos: Córdoba, Chubut, La Pampa, Mendoza, Corrientes, Tucumán, Catamarca e Santa Fé. A Frente de Todos coloca em jogo 15 dos 41 lugares que possui e o “Juntos pela Mudança”, frente da oposição, nove dos 25 que tem em posse.
Por outro lado, a Câmara dos Deputados renova 127 das suas 257 cadeiras nestas eleições. Ao contrário dos senadores, que representam as províncias, os deputados representam o povo argentino. Eles têm mandatos de quatro anos e são eleitos por meio de um sistema de representação proporcional nos 24 distritos em que o país está dividido.
O senador Nelsinho Trad explica como funciona a votação. “Quando o eleitor chega ao colégio eleitoral, encontra a mesa com os membros e a urna logo no corredor. Após se identificar, com um envelope dentro de uma sala chamada de “quarto escuro”. Lá, encontra cédulas, as “boletas”, com fotos e nomes dos candidatos. Se quiser votar em candidatos de mais de uma agrupação, para diferentes cargos, terá de cortar a cédula, mas as folhas já vêm com uma linha pontilhada. Depois, o eleitor coloca a formação deste voto de papel no envelope e deposita na urna do corredor”.
Ainda de acordo com o parlamentar, a votação segue tranquila. Os eleitores têm até 18h para votar e os primeiros resultados devem ser divulgados às 21h.