Oito estudiosos participaram da sessão especial e o parlamentar sul-mato-grossense esclareceu que “O Brasil precisa quebrar seus preconceitos contra essa ciência”
Em comemorações ao Dia Internacional da Homeopatia, o senador Nelsinho Trad (PSD/MS) presidiu, nesta manhã (11), sessão solene sobre o tema para conscientizar a população. “É dever deste Senado Federal e do Congresso Nacional fomentar o fim do desapreço pela homeopatia frente a outras especialidades médicas”, afirmou.
A homeopatia parte do princípio de estimular o corpo a reagir sozinho contra a doença. De acordo com o senador Nelsinho Trad, o Brasil é o segundo país do mundo em número de médicos homeopatas, sendo a especialidade reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) desde 1980 e ofertada no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006, com o maior parque de farmácias homeopáticas do mundo. “Nossa população respeita e se beneficia dessa ciência que tem mais de 200 anos. Com mais investimento na disseminação adequada desse conhecimento nos centros de ensino terapêutico, nosso povo poderia ser favorecido com menos toxicidade farmacológica e mais saúde”, defendeu o parlamentar.
O presidente da sessão reforçou que a imunologia tem tido destaque especial nos últimos três anos por ser a linha de frente no enfrentamento da pandemia de covid-19 e o paciente deve ter a alternativa de escolha. “Os tratamentos mais modernos, até mesmo na oncologia, também abarcaram o propósito de se produzir vacina contra o câncer; estimulando o sistema imunológico a combater, por si só, a doença, sem a necessidade de medicamentos tóxicos e, muitas vezes, tão debilitantes quanto a própria enfermidade”, explicou o senador Nelsinho Trad.
Comemorada internacionalmente em 10 de abril, a data lembra o aniversário de Samuel Hahnemann, médico alemão fundador da homeopatia, prática integrativa criada em 1796 e trazida ao Brasil em 1840. Os participantes da sessão defenderam a necessidade de se investir no fortalecimento da homeopatia e dar impulso ao processo de correção dos currículos acadêmicos para promoção da saúde. “Temos poucas faculdades de medicina que contemplam a homeopatia como disciplina curricular, o que leva ao preconceito”, alertou a coordenadora da Comissão de Educação da Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), Rosana Mara Ceribelli Nechar.
Durante a sessão, os participantes sugeriram a criação de um fundo de apoio a pesquisas na área. “A gente precisa de financiamento”, destacou o médico homeopata e docente do Departamento de Medicina da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), Ubiratan Cardinalli Adler.
O presidente da AMHB, Luiz Darcy Siqueira, agradeceu por essa oportunidade de divulgação sobre a homeopatia. “Senador, devo fazer referência ao apoio que Vossa Excelência sempre deu à nossa especialidade – como médico; vereador por dois mandatos; deputado estadual; nas suas duas gestões à frente da Prefeitura de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul; e, agora, como senador –, apoiando nossas iniciativas no auxílio à saúde pública nas epidemias que frequentemente enfrentamos e sempre acolhendo nossas demandas no âmbito desta Casa Legislativa. Que possamos alavancar e dar um destino a essas sugestões”, disse o médico.
Também participaram: o diretor científico da associação, Ariovaldo Ribeiro Filho ; o presidente da Associação Médica Homeopática de Minas Gerais (AMHMG), João Márcio Berto; a diretora científica da Associação Brasileira de Cirurgiões Dentistas Homeopatas (ABCCDH), Andréa Padre; o pesquisador da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), Marcus Zulian Teixeira; e a homeopata farmacêutica, Karen Berenice Denez.