
Em Nova York, senador Nelsinho Trad defende agro brasileiro e pede fim da narrativa distorcida sobre sustentabilidade
O senador Nelsinho Trad (PSD-MS), presidente da Comissão de Relações Exteriores do Senado, reforçou nesta segunda-feira (12), durante o 4º Encontro Empresarial realizado no Consulado Geral do Brasil em Nova York, a defesa da imagem do agronegócio brasileiro no cenário internacional. O evento — promovido pela DATAGRO em parceria com o consulado — reuniu parlamentares, autoridades diplomáticas e representantes do agro para debater o protagonismo do Brasil na segurança alimentar e na transição energética global.
Em entrevista durante a agenda, o parlamentar voltou a criticar o que chamou de “narrativa distorcida” da União Europeia sobre a sustentabilidade da produção agropecuária nacional. “Estivemos no Parlamento Europeu e enfrentamos a resistência de frente. Convidei parlamentares europeus para virem ao Brasil e verem com os próprios olhos o que temos. Eles vieram e saíram impressionados”, afirmou o senador. “O momento é muito adequado para concluirmos de vez o acordo Mercosul-União Europeia.”
Ele também colocou a Comissão de Relações Exteriores à disposição do setor agroindustrial para apoiar políticas públicas e articulações internacionais em defesa da imagem do país. “Esse tipo de troca, com quem sente na pele os desafios da produção, nos dá mais subsídios para fazer esse contraponto com propriedade”, pontuou.
Após liderar missão oficial com a ApexBrasil e o Itamaraty à Europa em abril, o senador Nelsinho Trad apresentou no Parlamento do Mercosul um balanço positivo da agenda e agora apoia uma nova missão a Estrasburgo, sede do Parlamento Europeu, para tratar do avanço do acordo Mercosul-UE. Para essa missão, o presidente da CRE já conseguiu a adesão da Confederação Nacional da Indústria (CNI) e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
Em meio às discussões, o senador Nelsinho também comentou o recente anúncio de um acordo entre China e Estados Unidos para reduzir tarifas. “Essa trégua ajuda a diminuir tensões e beneficia os preços globais de commodities, mas acende um alerta para o Brasil. Podemos perder mercado para os americanos, especialmente em soja e carne. Precisamos proteger os espaços que conquistamos e manter o diálogo aberto com todos os nossos parceiros”, disse.

