Ministro anunciou reunião interministerial para tratar da possível adesão ao ACT Accelerator no próximo dia 02 de junho
O senador Nelsinho Trad (PSD/MS) se reuniu nesta quarta-feira (27) com o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, para tratar da inserção do Brasil na aliança global que visa acelerar o desenvolvimento de vacina, tratamentos e testes contra o Covid-19, liderada pela OMS (Organização Mundial da Saúde). A iniciativa internacional ACT Accelerator, lançada no final de abril, tem o objetivo de assegurar um acesso equitativo aos tratamentos e reúne países como França e Alemanha, organizações internacionais, fundações e empresas privadas.
“Falei ao ministro sobre a minha preocupação quanto ao Brasil estar excluído de quaisquer pesquisas e avanços científicos que possam levar à vacina e medicamentos contra o Covid-19. Neste caso, se for feita alguma descoberta, poderemos ser os últimos da fila a ter acesso. Por isso, fiquei muito satisfeito com o retorno do Itamaraty. No dia 02 de junho, será realizada reunião interministerial (Saúde, Relações Exteriores e Ciência e Tecnologia), coordenada pela Casa Civil, para tratar justamente da possível adesão do Brasil ao projeto. O Brasil também está participando pela Fiocruz de outras parcerias com a OMS. Vamos continuar acompanhando os desdobramentos e cobrando o melhor pela nossa população”, destacou o senador Nelsinho.
De acordo com o parlamentar, ao longo das últimas décadas, o Brasil se consagrou como um dos principais promotores das discussões de acesso a medicamentos e agora não está sentado à mesa. “Estados Unidos, Brasil, Rússia e Índia ainda não aderiram e já, no primeiro evento, no início deste mês, foram arrecadados cerca de R$ 45 bilhões para desenvolver ferramentas de combate ao novo coronavírus em tempo, escala e acesso recordes. A participação na iniciativa global é voluntária e a oportunidade para entrar continua aberta”, completou Nelsinho.
“O ministro Ernesto afirmou que existe a intenção do Brasil de participar de todos os avanços científicos, principalmente relacionados ao Covid. Também falou sobre a ótima cooperação com os Estados Unidos relacionados às pesquisas sobre o coronavírus. A explicação para o Brasil ainda não ter aderido está relacionada à governança do Accelerator, mas fiquei muito satisfeito por saber que no início do próximo mês esta questão vai ser analisada pelo governo brasileiro”, disse o senador.